Qual a diferença entre Open Banking e Open Finance e como eles impactam sua vida?
É inegável o crescimento da tecnologia e a sua presença em diversos setores, como o financeiro. E, neste contexto, você já ouviu falar sobre Open Banking e Open Finance?
Hoje em dia, nos processos bancários, há uma inclusão cada vez maior da cultura digital para pagamento de contas, transferências, investimentos de capital, armazenamento, entre outras operações que antes eram realizadas manualmente e demandavam muito mais tempo.
O Open Banking e Open Finance são dois sistemas responsáveis pelos avanços das instituições financeiras e que transformam a forma como os dados bancários são compartilhados e as operações são realizadas.
Mas no que consiste cada um e quais são as diferenças entre eles? Neste artigo você entenderá tudo isso. Continue acompanhando.
O que é Open Banking e Open Finance e quais são as suas diferenças?
Muito provavelmente você nunca reparou, mas os seus dados bancários pertenceram, até aqui, muito mais aos bancos que você possui uma conta aberta do que a você, de fato.
E isso não é um problema, o sistema era assim. Dados, como seu perfil de consumo, movimentações da sua conta corrente, além de dados sobre financiamentos e/ou empréstimos eram bem armazenados pelo banco e acessados, uma vez ou outra, por você.
Todo esse cenário mudou, a partir da chegada do Open Banking. Este é um sistema acessível, organizado pelo Banco Central, com o objetivo de tornar o setor mais aberto. Na prática, o modelo de negócio sugere que você seja o dono dos seus dados bancários. Isso quer dizer que o histórico como cliente, por exemplo, poderá ser visto por outros bancos.
O que isso quer dizer? A ideia é permitir que as empresas bancárias tenham acesso aos dados bancários das pessoas, que se tornam transparentes, de maneira que seja possível utilizá-los para oferecerem seus serviços.
Na prática, uma pessoa que possui uma conta aberta em um banco X pode utilizar o serviço de outro banco Y, sem a necessidade de abrir uma nova conta. É importante destacar que o compartilhamento dessas informações só acontece quando o cliente autoriza.
Você deve estar se perguntando: qual o propósito desse compartilhamento de dados? Muito simples. O objetivo é incentivar a concorrência entre os bancos, fazendo com que todos queiram oferecer as melhores condições e serviços, como tarifas mais baixas, prazos e soluções personalizadas, entre outras vantagens.
Já no Open Finance, as possibilidades se tornaram ainda maiores! Isso porque o compartilhamento de informações dos consumidores (mediante a autorização) inclui, além dos grandes bancos e fintechs, as plataformas de investimento, corretoras de seguros, companhias de câmbio, fundos de pensão, fundos de previdência etc.
Com isso, há a expansão do escopo de produtos e serviços oferecidos, como investimentos, previdência, seguros, câmbio, entre outros, tornando tudo mais personalizado e atraente para diferentes perfis de pessoas.
Podemos entender que a maior diferença entre Open Finance e Open Banking é a abrangência. Isso porque o primeiro possui relação com o compartilhamento de informações relacionadas aos serviços bancários normais, enquanto o segundo engloba mais serviços.
Em resumo, as semelhanças e diferenças entre os dois são:
Foco: esse é um caso de semelhança, pois ambos focam em possibilitar um sistema bancário mais aberto, em que as pessoas possam utilizar suas informações como e para onde quiserem, sem precisar abrir novas contas e começar tudo do zero.
Amplitude: esta é a diferença. Apesar de ambos os modelos possuírem o mesmo foco, um é mais amplo e abrangente do que o outro.
Por que o Open Banking mudou para Open Finance?
Primeiro, é preciso destacar que, historicamente, o Banco Central do Brasil (Bacen) iniciou com o modelo de negócio Open Banking. No início, esse processo incluía os grandes bancos nesse compartilhamento de informações. Em seguida, mudou para Open Finance, que possui abrangências diferentes.
Essa mudança aconteceu pois o Brasil possui um projeto bem abrangente de compartilhamento de dados, que contribui para o desenvolvimento estratégico de empresas e proporciona produtos e serviços melhores para as pessoas, em diferentes setores. Isso quer dizer que a mudança estrutural também acontece no mercado financeiro.
Desse modo, o Open Banking propõe uma mudança em relação ao compartilhamento de dados e informações em relação aos serviços bancários tradicionais, e o Open Finance indica uma mudança mais ampla, englobando outros tipos de serviços.
Ambos são regulamentados pelo Banco Central do Brasil, o que garante a legitimidade e segurança desses sistemas para as pessoas. Outro ponto importante, é que além das instituições de destino poderem utilizar esses dados somente se você tiver autorizado e combinado, é possível também mudar de ideia. Sim, você pode cancelar esse compartilhamento a qualquer momento.
O cancelamento poderá ser realizado por um dos canais de atendimento da instituição de destino ou na de origem desses dados pessoais.
Como funciona a participação das instituições nesses sistemas?
Para fazer parte desses modelos de negócios, as empresas devem disponibilizar suas APIs no sistema.
API deriva da expressão inglesa Application Programming Interface que, em português, significa interface de programação de aplicação. É um conjunto de normas que proporciona e possibilita a comunicação entre plataformas, através de padrões e protocolos.
Dessa forma, para que uma instituição possa acessar os dados de outras instituições, ela também precisa liberar os seus próprios dados. Mas, isso proporciona vantagens para todos, sejam esses negócios ou os clientes.
No caso das instituições, com o acesso aos dados dos clientes, é possível oferecer serviços e produtos personalizados, que se encaixem com ele da melhor forma. E, para os clientes, é a melhor maneira de obterem melhores condições.
Enfim, gostou de aprender sobre a diferença entre Open Banking e Open Finance? Então você vai se interessar em saber sobre o ciclo do numerário, ou seja, como a circulação do dinheiro funciona, em todos os detalhes.
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